terça-feira, 11 de outubro de 2011

Educadores, Trabalho e Saúde: construindo saberes e revendo práticas (3º encontro)

Olá, pessoal!
Hoje vamos falar sobre nosso terceiro encontro com o grupo de professores da escola Artur Ramos (para conhecer o projeto, clica aqui!). Segue abaixo:

Tema: Preconceitos
Descrição da atividade: Apresentação da proposta da atividade. Dinâmica dos rótulos - colamos nas costas de cada educador um pedaço de cartolina com um rótulo (bicha, sapatão, padre, freira, viado, drogado, professor, negro - a intenção era mesmo usar alguns termos pejorativos) escolhido aleatoriamente. Depois, pedimos que os professores se movimentassem, observando os rótulos do colegas e abraçando somente aqueles rótulos que se sentissem bem, que conviveriam sem problemas, que gostariam que fizessem parte de sua vida - Roda de discussão sobre as impressões/sentimentos/reflexões sobre a atividade vivenciada e sobre o tema.
Objetivos: Proporcionar uma reflexão sobre a forma como os preconceitos estão presentes no cotidiano escolar, sendo produzidos e reproduzidos neste espaço, tanto por alunos como por professores, e sobre o impacto do mesmo nas relações que estabelecemos, principalmente relações de exclusão.


Esse encontro foi interessantíssimo pra nós! Tivemos alguns desencontros com o grupo, devido a feriados, outras atividades desenvolvidas na escola pelos educadores, enfim. Num primeiro momento, conversamos sobre o cotidiano deles, sobre as novidades (inclusive em breve postaremos aqui sobre um evento muito bacana que está sendo organizado pela escola), e ouvimos muitas coisas, inclusive novas demandas! E a pergunta era: o tema preconceito ainda interessava ao grupo? Sim, bastante! Algumas situações de preconceito foram compartilhadas e então partimos para a atividade. Após a dinâmica, o grupo de discussão não poderia ter sido melhor! É incrível perceber como o grupo se processa, muitas vezes se basta! Interferimos pouquíssimas vezes, com algumas pontuações e provocações - afinal, temos um objetivo ali, e a meta é alcança-lo! Uma fala e todo o grupo reflete, pontua, questiona, complementa, compartilha outra experiência, e assim flui. Recortamos algumas falas do grupo para postar aqui no blog: "Mas quando você diz 'se a pessoa ficar no canto dela, não ficar se amostrando, não me incomoda', já diz que você tem preconceito sim. Só não incomoda se a pessoa não demonstrar que é, se você não souber, se ela não for o que realmente é (...)", "Ninguém está livre de preconceitos, nem de ser vítima, nem de praticar. Porque a gente faz parte de uma sociedade preconceituosa, estamos inseridos nisso...crescemos ouvindo os modelos certos a seguir, o que é normal e o que não é, e quando nos deparamos com algo que aprendemos que é errado, com o que é "anormal", nos chocamos, estranhamos, não aceitamos...e reproduzimos o que aprendemos", "Eu conheço uma pessoa muito próxima que é lésbica. No início foi um choque, mas depois a gente foi se acostumando, porque a conheço muito, converso muito com ela e sei que é uma pessoa maravilhosa, de um coração mais puro que o meu até! Eu não vejo o rótulo, eu vejo a pessoa que ela é".


Abraços e até breve,
Rayane e Sislane.

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